A longevidade tem um limite intransponível?

 O aumento da expectativa de vida deve-se ao tratamento da água e do esgoto, à descoberta de antibióticos, às vacinas e outros avanços na medicina e na saúde pública. Contudo, essa tendência continuará ou a longevidade tem limites?

De fato, ao longo do século XX, a expectativa de vida ao nascer aumentou em cerca de 30% nas nações de alta renda. A redução da mortalidade

foi observada inicialmente em idade precoce e continuou na meia-idade e na velhice.

No entanto, não estava claro se esse fenômeno e o aumento acelerado resultante da expectativa de vida continuariam no século XXI. Destaco algumas questões relacionadas ao tema, abordadas por estudo recente.

• A extensão da longevidade ocorreu em algum momento nas populações mais longevas do mundo e nos Estados Unidos de 1990 a 2019?

• É plausível que a maioria dos recém-nascidos hoje viva até os 100 anos?

• Como seria a sobrevivência humana se uma extensão radical da vida ocorresse novamente em qualquer época deste século, e quão plausível é esse cenário?

  Conforme explica o biólogo Fernando Reinach, existem duas teorias sobre a duração da vida humana. A primeira sustenta que não existe um limite superior para essa duração, pois o contínuo avanço da medicina combate doenças e prolonga a vida.

  A segunda teoria defende a existência de um limite biológico intransponível, que define a duração máxima de nossa vida, determinado por mecanismos biológicos de envelhecimento, um processo natural não relacionado às doenças. Ou seja, somos programados para envelhecer e morrer. Assim, estaríamos próximos de atingir esse limite, estimado entre 120 e 130 anos.

  Cento e vinte é um número “bíblico”! Em Gênesis 6:3, Deus afirma: “… o meu espírito não agirá para sempre no homem, pois este é carnal; e os seus dias serão 120 anos.” Esse número também corresponde aos anos de vida do profeta Moisés (Dt 34:7).

  O que vocês acham? O número é bíblico e pronto, ou os avanços da gerociência e da medicina poderão desafiar esse limite?

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  Fonte: Medscape